Muito se fala sobre diversidade, pluralismo de pensamento dentro das empresas e na sociedade no geral e não é novidade que isso não é algo “a mais”, e sim, essencial para nós como indivíduos crescermos e evoluirmos como seres humanos.

Com tanta falácia dentro do mercado de trabalho acerca da importância sobre o tema, venho chamar atenção sobre o processo de entrevistas das empresas no geral, como pensar em diversidade e pluralismo se as portas estão fechadas logo no processo de contratação?

Como podemos estruturar um processo de contratação de candidatos que não seja automaticamente exclusivo, isto é, não inclusivo, sem viés de qualquer natureza e imparcial como, gênero, raça, opção política, opção sexual ou condições físicas e mentais respeitando a individualidade das pessoas?

Atualmente, muito se defende sobre diversidade nas empresas e no mercado de trabalho, mas será que estamos preparados para entrevistar pessoas sem algum desses vieses?

Perguntas do tipo: você se considera uma pessoa que aprende rápido? Precisamos de uma pessoa “assim” ou “assado”… São automaticamente exclusivas para pessoas com TDAH ou qualquer outra limitação semelhante, por exemplo.

Existe uma linha muito tênue entre visivelmente ser “alguém especial” ou ser “normal”. Pessoas como Linus Torvalds, por exemplo, não possuíam limitações físicas ou mentais (até aonde eu sei não), no entanto, possuía uma personalidade introvertida e aversão a formalidades, mas isso não o impediu de criar e manter o kernel de um dos sistemas operacionais mais importantes do mundo até os dias de hoje, será que ele passaria na metade dos processos de recrutamento e seleção das empresas hoje se ele não fosse essa personalidade conhecida?

Trago essa reflexão aqui, pois recentemente, comecei a estruturar o processo de recrutamento e seleção de QEs e percebi que isso não se aplica só à QEs, mas qualquer tipo de contratação como pude observar ao refletir muito sobre o tema.

E você? O que tem feito para que o processo de recrutamento e seleção seja mais inclusivo no contexto em que você está inserido? Por fim, é possível alcançar a diversidade dentro das empresas sem parar e refletir sobre esses alguns desses, e muitos outros, pontos?